Eu preciso falar de intensidade.
Preciso porque  ao mesmo tempo que eu acho lindo esse lado poético e romântico mas ao mesmo tempo me deparo com o lado caótico que toda essa intensidade trás.

Baco já dizia 'Nosso problema sempre foi a intensidade. Cê sabe que é verdade, intensidade.'

Existir sendo uma pessoa intensa é um tanto quanto problemático.
Eu já mergulhei de ponta em todos os tipos de relacionamentos. 
Alguns rasos, outros nem tanto e alguns profundos.
Sinto as marcas de cada um deles que passou por mim.
Sinto e na maioria das vezes eu sinto muito por sentir tanto.
São 29 anos de uma vida inteira buscando tentando conseguir encontrar alguma forma que me segure, que não me deixe entregar de cara tudo que sou.
São 29 anos em que eu sempre achei que poderia ter segurado mais a onda, não ter me entregado tanto, não ter sido tão o tanto que sou pra não assustar ou afastar as pessoas.
Mas acontece que a cada dia que passa eu entendo o quão magnífico é ser eu e o tanto que sou.
E aí eu acho que é sobre oferecer muito no meio de tanta migalha que as pessoas se oferecem entre si.
É sobre o pouco que elas mesmas se reconhecem no meio a imensidão que são.

Só que decidir nadar contra essa correnteza do pouco e resolver assumir tudo isso é doloroso demais!
As vezes eu me sinto sozinha demais por nunca conseguir encontrar pessoas que consigam lidar com toda essa entrega e é onde eu sempre entro em parafusos por questionar a minha própria essência.

Sofro com as idas e vindas de pessoas na minha vida.
Sofro por querer elas comigo e ao mesmo tempo entender que são poucas, muito poucas mesmo que realmente vão ficar e nem isso tem relação nenhuma a ser 'eterno'.
Eu sofro por sofrer apego aos detalhes.
E ser detalhista é mais um dos tantos caos que estão em conflito em mim.
Porque também é incrível sentir e perceber cada detalhe.

E se for parar pra descrever essas sensações com toda intensidade do meu ser daria não um filme, mas um seriado. 
Eu escrevo tudo isso rindo e chorando ao mesmo tempo.