quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

E cada um tem um lado meu

Não tem sido fácil, admito.
Mas é foda ter que se explicar a cada passo que dá.
Chega um momento que esgota e você cansa disso tudo.
Você tem que entender todo mundo, pensar em todo mundo.
E quando para pra pensar em si, você é egoísta.
Eu me preocupei em tentar não magoar quem eu gosto, mas esse plano falhou.
E ninguém preocupou em saber como eu andava.
Como eu me sentia.

Entre quatro paredes eram somente lágrimas escorrendo pelo rosto.
Ninguém soube do que se passou pela minha cabeça.
Nem procurou saber.
Mas tudo bem, eu continuo tentando lutar comigo mesma.
Uma hora as forças se dissipam, mas é assim mesmo.

Eu não sou perfeita.
Na verdade não há quem seja.
Mas juro, que eu me sinto no topo das esquisitices.
Meu jeito estranho e estressado.
Preocupado e fofo. (?)

Eu sou mil ao mesmo tempo.
Eu sou tristeza, sou alegria.
Eu sou tudo num segundo só!
E cada um tem um lado meu.
Cada um tem um pouquinho de mim.

Eu não vou ser quem você quer que eu seja.
Eu vou ser simplesmente a face que está disposta a ser mostrada.
Entenda isso.
Eu sou uma só, mas ao mesmo tempo, eu sou várias.

(Juliana Sayão)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

É, e mais uma vez tô sozinha

É terrível, mas ando me sentindo a pior pessoa do mundo.
Uma garrafa de álcool por favor ?
Seria bom achar um pouco de graça nessa vida.
Ultimamente tá tudo tão cinza.
E as coisas só escurecem.

É falta de sono, é o excesso dele.
É falta de fome, é o excesso dela.
É tudo nos extremos.
Lágrimas ?
Elas só esperam eu ficar sozinha para descer descontrolavelmente.

Essa fase podia passar logo.
Porque eu tô cansada de tentar explicar e ninguém entender.
Eu tô cansada de não conseguir entender o que se passa.

É, e mais uma vez tô sozinha.
Mais uma vez esses olhos estão vermelhos.
Tô me acostumando.
Quem sabe um dia me acostumo por completo ?

Tem sido difícil.
Mas uma hora acaba. De uma forma ou de outra, tem que acabar...
(Juliana Sayão)

“Finjo o tempo todo, rio, sou alegre, dispersivo, com aquele brilho superficial e ridículo. E em cada fim de noite me sinto um lixo.”

— Caio Fernando Abreu.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Tô perdida

'Eu leio sua mente umas mil vezes ...'
Se alguém conseguir ler a minha, por favor, me decifra ?
Tô perdida. É, tô sim.
Muitos sabem, mas poucos, ou na verdade ninguém compreende.
Eu tentei fugir, largar tudo de lado.
Mas acabou que eu voltei exatamente no ponto em que parei.
Não há conselhos, não há nada que eu possa seguir.
Nem mesmo meu coração. Ele anda tão perdido quanto minha minha mente.

Deveria ter ficado mais tempo longe, ou talvez deveria ter ficado por lá.
Pertinho do mar, onde eu durmo, como se ainda estivesse em suas ondas.
Eu não sei que caminho tomar.
E não sei simplesmente ligar o fodas pra tudo.

Por favor, me leva de volta pra perto do mar ?
Essa garotinha aqui tá perdida. Completamente perdida.
Não há o que se possa fazer por ela.

E tudo vai acontecendo...
Pessoas entram na vida dela, lhe tiram alguns sorrisos.
Mas no final do dia é sempre a mesma sensação.
É sempre aquele vazio que volta.

Eu ainda tento desvendar meus enigmas.
Não é fácil. Mas a gente tenta.
Tenta acertar, mas no final das contas, acaba errando.
É foda, e tem sido assim há um bom tempo. :/
( Juliana Sayão )


Quem me dera ao menos uma vez, explicar o que ninguém entender.
Legião Urbana.