Eu sempre fui uma garota muito sonhadora. E muito confusa também.
Na verdade, não tenho conhecimento de qualquer garota que não tenho sofrido pelos mesmos motivos. Sempre fui dividida. Nunca estava apta a querer uma coisa só. Me senti atraída por dois, três, vários meninos ao mesmo tempo. Já chorei muito, já sofri por causa de alguns garotos e amadureci por causa dos mesmos. Aprendi a tentar controlar meus sentimentos, mas não o bastante. Já me forcei a criar coragem em certas coisas, com medo de não saber o resultado que daria, caso não tentasse. Aprendi muita coisa sofrendo com as paixonites agudas. Era engraçado até. E ainda é.
Não consigo acreditar completamente em um amor profundo entre homem e mulher. Já tive provas de relacionamentos que durassem anos e não tivesse signigicado algum. Para uma das pessoas, obviamente. Infidelidade é um dos maiores exemplos para mim. Juntamente com a facilidade de dizer 'eu te amo' sem ao menos saber a profundidade das palavras. Eu aprendo assistindo a realidade.
Ainda tenho o costume de acreditar muito nas pessoas. Confiar demais e depois me decepcionar muito. Antigamente eu gostava dos garotos até o momento que eu conseguia ficar,depois disso eu não queria mais nada e fugia. O encanto acabava. Hoje, me conquistam antes e arrancam suspiros quando eu ganho um beijo. De qualquer forma, alguns conseguem me decepcionar por mostrar um perfil antes e outro depois. As atitudes infantis e a incrível insensibilidade também me incomodam. Admiro minha sinceridade com meus amigos, e não gosto muito do meu extremo sentimentalismo. Tenho minhas normalidades, mas adoro fugir da mesmice. Ser um pouco diferente, mesmo que eu não consiga ser.
Nunca tive pretensão de magoar, muito menos ofender quem quer que fosse. Não acredito que exista o melhor. Pra mim existe o que se esforça para se manter no alto, e os que querem chegar lá se mantendo sentados na frente do computador. Eis a verdadeira diferença.
Existem pessoas que se rebaixam extremamente e se esforçam para ferir outras, e existem as pessoas que choram sozinhas para ninguém saber.
Eu escrevo melhor quando estou triste, de qualquer forma, meus amigos chamam minha anteção pelo excesso de trisiteza e exigem textos bonitos, mas que contém felicidade. Eu sou a personagem principal dos meus textos. E os personagens secundários são pessoas no qual eu não sinto necessidade de citar nomes, e mesmo sem merecer (algumas), permanecem com com um nível alto de significância pra mim. Observo muita coisa que não digo. Tenho vontade de dizer muita coisa, no qual não faço, pelo fato do ego e orgulho serem maiores que os ouvidos.
Sofro por me sentir inferior às pessoas. Sei que é besteira, mas essa situação já está sendo domada por mim.
De qualquer forma,eu consigo sorrir, e faço esse sorriso preciso para considerar o meu dia,um dia bom e feliz. E porque não tornaria feliz o dia de outra pessoa também ? Sempre me perguntei isso.
Já morri de tanto rir, já bebi demais para ficar feliz/louca, já tive muita raiva, já chorei litros e litros por alguém. Invento sonhos todas as noites antes de dormir, esperando alguém chegar e tirar meu fôlego, me dar confiança e tirar todos os medos que eu criei ao longo da minha vida.
Afinal,eu sou um ser humano. Sonho tanto quanto os outros. E talvez até mais.
E o meu tamanho não faz de mim um ser pequeno.
E sim, me obriga a mostrar a mim mesma que posso ser muito mais do que já sou.
Ou do que penso que sou. (:
( Ju Sayão )